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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Matanza - "A Arte do Insulto", é o quarto álbum de estúdio da banda Matanza, lançado em 2006, formação: Jimmy London – Vocal, China – Baixo, Fausto – Bateria, Donida – Guitarra. Desde que os Raimundos sucumbiram ao estrelato (e às contendas internas), o Rock brazuca andava muito mal das pernas. Afinal, o que dizer de CPM22 e afins? A salvação vem na forma... quero dizer, no som de uns malucos mal-encarados, praticantes de um Rock´n´roll que deixaria orgulhoso o lendário Lemmy. As letras são coisa de macho. Títulos como "Ressaca Sem Fim" ou "Meio Psicopata" ("É impressionante como eu nunca faço nada/É sempre a confusão que vem até aqui/Eu falo isso para o meu psiquiatra/Mas é claro, ele não entende") são exemplos da "genialidade xucra" do quarteto carioca. O Matanza já tem no currículo os álbuns "To Hell With Johnny Cash", "Música Para Beber e Brigar" (só o título já vale o disco!) e "Santa Madre Cassino", todos indiscutivelmente bons. Mas desta vez, os caras foram além. Capricharam na produção (a cargo de Rafael Ramos), no peso, e nas letras - simplesmente geniais. "Quem Leva A Sério O Quê?" é uma pedrada que justifica toda a transgressão que o verdadeiro Rock deve cometer. E, de quebra, chuta o balde com a crítica e aquele pessoalzinho ranheta, que jamais entenderia a proposta do Matanza - ou dos Velhas Virgens, para citar outro grupo que merecia mais atenção. A temática - por assim dizer - continua misturando western, bebedeira, hardcore e uma pitadinha do eterno Johnny Cash (definido no release do álbum como "Countrycore")."Nós Estamos Todos Bêbados" emula as velhas canções dos piratas, com uma levada celta e refrão grudento: "Nós estamos todos bêbados/Bêbados de cair/E todos que não estiverem bêbados/Dêem o fora daqui. É reconfortante saber que ainda exitem mentes criativas num estilo tão castigado pela mediocridade. O Heavy Metal vem se renovando e se reciclando, com artistas de grande talento, mas o rock há tempos anda relegado a uma gente fraca em idéias, que se contenta com um pseudo-romantismo radiofônico sem graça. Por essas e outras, precisamos do Matanza - e de mais gente que se atreva a inovar (José Cláudio Carvalho Reis/whiplash.net).

redmp3.su